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Conab planeja constituir estrutura para atuar no exterior

Ideia é atender demanda de exportações de governo para governo, diz presidente da CompanhiaA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prepara um plano de atuação no comércio internacional. A informação é do presidente da companhia, Rubens Rodrigues dos Santos, em entrevista ao RuralBR. A ideia, segundo ele, é constituir um segmento aproveitando a própria estrutura da companhia para a exportação de produtos agrícolas.

O presidente da Conab disse que o projeto ainda está em fase de estudos. De acordo com Rubens Rodrigues dos Santos, tem sido ouvidos diversos segmentos, além de representantes de outros países. A expectativa é que um estudo preliminar esteja concluído em até dois meses, para ampliar o debate em torno do tema.

– Há um nicho de mercado e nós queremos explorar esse nicho de mercado. A gente precisaria de uma lei e, obviamente, isso teria que ser discutido com o Congresso Nacional – explicou o presidente da Conab, em entrevista ao RuralBR.

O nicho de mercado seriam exportações de produtos agrícolas por meio de operações de governo para governo, para promover o abastecimento de nações mais pobres. Rubens Rodrigues dos Santos explicou que a maior demanda vem de países africanos.

– Há uma demanda grande. Os países que nos procuram tem uma situação de insegurança alimentar muito grande, e poderíamos atuar nessa frente. Para o produtor brasileiro, a vantagem seria exportar sem a interferência de atravessadores. A Conab compraria diretamente – ponderou o presidente da Conab.

O presidente da Conab descarta a possibilidade de uma eventual atuação internacional conflitar com as atuais atribuições da empresa. Rubens Rodrigues dos Santos garantiu que a prioridade da companhia vai continuar sendo o mercado nacional.

– O que a Conab já faz na área de armazenagem e no atendimento ao pequeno agricultor através do programa de aquisição de alimentos, é preservado e o que tivermos de rentabilidade ou lucro nesta atividade comercial, iríamos reinvestir nisso. Só faríamos as exportações depois que o mercado nacional estiver plenamente abastecido – disse.

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