Segundo a Conab, os produtores estão segurando sua produção para elevar os preços do arroz. Para evitar essa elevação, o governo aumentou a quantidade dos estoques públicos ofertada. Subtraindo-se as 60 mil toneladas a serem vendidas amanhã, a estatal ainda conta com 990 mil toneladas do grão.
Em agosto, o preço da saca de arroz oscilou em torno de R$ 32,40, considerado razoável pelo governo. Na primeira quinzena de setembro, no entanto, subiu para R$ 33,50. Quando a Conab realizou o primeiro leilão do mês, no dia 16, teve uma surpresa: o preço de fechamento foi de R$ 35,50, superior ao valor de mercado.
Segundo um técnico da estatal, isso ocorreu devido à dificuldade de setores da indústria em encontrar o produto para comprar. Foram, então, marcadas mais duas operações, para os dias 23 e 30.
No último leilão, do dia 23, o preço de final foi de R$ 33,70. O valor atual da saca no Rio Grande do Sul, mercado de referência por ser responsável por 60% da produção nacional de arroz, é de R$ 34,30. O preço de abertura da operação de amanhã, assim como o das duas anteriores, é de R$ 28. Serão 50,04 mil toneladas do Rio Grande do Sul e 9,79 mil toneladas de Santa Catarina. Em 2008, já foram vendidas 685,74 mil toneladas do produto.
O interessado em adquirir produtos nos leilões promovidos pela estatal deve se cadastrar em uma bolsa de mercadorias e autorizar um corretor a fazer a negociação. A Conab também disponibiliza um software em sua página na internet para que qualquer pessoa possa acompanhar as operações.