Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção total do grão somou quase sete milhões de toneladas. A expectativa era de que fossem produzidas pelo menos 600 mil toneladas a mais. Entre os motivos da queda estão a estiagem prolongada e o plantio de cerca de 30% das lavouras fora da janela recomendada.
Para o diretor da central de comercialização de grãos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso (Famato), a menor oferta deve manter a tendência de alta nos preços do cereal. João Birkhan explicou que os produtores que fizeram contratos de exportação já estão entregando o milho e que a “sobra”, que geralmente é negociada no mercado interno, ficou menor este ano.
Esta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) previu uma queda de quase 7% nos estoques mundiais de milho, o que deve elevar o preço no Exterior também. Mesmo assim, segundo João Birkhan, parte do grão produzido em Mato Grosso deve continuar no mercado interno porque o preço praticado deve ser melhor.