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Condições climáticas continuarão pressionando os preços das hortaliças

Frequência acentuada de chuvas no primeiro trimestre de 2016 vai contribuir para que o cenário do ano passado se repita

Fonte: Divulgação/Pixabay

Os últimos meses foram marcados por fortes chuvas e altas temperaturas, o que acabou afetando a qualidade das hortaliças nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. O quadro deve se manter durante o primeiro trimestre deste ano, já que há expectativa de maior frequência de precipitações para o período, diz o 1º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado nesta terça-feira, dia 26, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

O estudo analisou os preços de comercialização no atacado em dezembro de 2015 e o boletim completo pode ser conferido aqui

O levantamento é feito nos mercados atacadistas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Ceará. Foi observado que as condições climáticas foram fundamentais para pressionar os preços comercializados e registrar um aumento geral nas cotações dos produtos ofertados no final do ano.

De acordo com as informações do Conab, a batata registrou altas em todos os mercados pesquisados, sendo mais expressivas no Rio de Janeiro e em Campinas (SP). A elevação se deve, principalmente, à redução da oferta devido à saída da produção do entorno de Brasília e de São Paulo, aliada ao atraso da entrada da safra produzida no sul do país e em Minas Gerais, além dos custos com insumos e transporte, atrelados ao dólar.

O preço do tomate também subiu, influenciado pela moeda norte-americana e pela escolha dos produtores por plantar cebola no último ano, já que a cultura estava mais vantajosa. O comportamento dos preços deverá ser mantido, como já pode ser verificado nos primeiros 15 dias deste ano no mercado atacadista de São Paulo.

As importações da cebola voltaram a crescer e ocuparam destaque na comercialização, levando ao aumento dos preços. Se comparado a 2014, houve um aumento de aproximadamente 80% da importação. Espera-se ainda uma quebra de cerca de 50% da safra caso se confirme a baixa produtividade na região Sul, devido ao excesso de chuvas.

cenoura e a alface seguiram o comportamento das demais hortaliças, registrando alta na maioria dos entrepostos. Para os próximos meses, a situação dos preços dependerá do nível de chuvas nas principais áreas de produção, o que impacta na oferta e qualidade dos produtos.

Frutas 

De maneira geral, as frutas continuam com alta nos preços nas centrais brasileiras devido à queda da oferta em vários entrepostos atacadistas, aliada à alta demanda desses produtos durante o final de ano. A alta do dólar também provoca pressão nos preços a partir dos custos de produção, ao mesmo tempo em que impulsiona cada vez mais as exportações. 

Em alguns casos, as questões climáticas também influenciaram na redução da oferta do produto, como ocorreu com a banana e a maçã. O excesso de chuvas nas principais regiões produtoras prejudicou a produtividade e resultou na diminuição da área cultivada.

laranja até chegou a apresentar maior quantidade de oferta do produto. As constantes chuvas nos meses de agosto e setembro beneficiaram os laranjais e aumentaram a produtividade, mas a fruta não acompanhou a elevação da demanda, impactando na subida dos preços.

Já o mamão e a melancia apresentaram alta, principalmente por questões relacionadas ao custo de produção e ao aumento nas exportações.

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