Praticamente todos os contratos na Bolsa de Chicago estão operando com recuo de pelo menos 3% nesta terça lavouras
Daniel Popov, de São Paulo
Os contratos da soja em grão registram preços significativamente mais baixos na Bolsa de Mercadorias Chicago (CBOT) nesta terça-feira, dia 1. O mercado que esperava a manutenção, ou leve piora nas condições das lavouras americanas, foi surpreendido com a melhora, divulgado ontem à tarde pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Agora, 59% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, contra os 57% da semana anterior e contra as expectativas de todos. Também houve melhora nas lavouras em situação regular, que passaram de 29%, para 28% nesta segunda. A áreas que estavam em condições ruins, ou muito ruins ficaram em 13%, contra os 14% da semana passada.
Diante do relatório, divulgado as 17h, na última sessão do mês, a previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras determinou um movimento de realização de lucros, ou seja, muitos investidores da bolsa venderam seus contratos, afirmou a consultoria Safras & Mercado.
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O contrato de agosto de 2017, que fechou o dia de ontem cotado a US$ 9,94 por bushel, abriu hoje valendo US$ 9,86, com mínima de US$ 9,64 por bushel. Já o contrato com mais liquidez, de novembro de 2017, fechou esta segunda valendo US$ 10,07 e abriu com uma queda de 1%, a US$ 9,96, com mínima em US$ 9,71 no dia.
Em resumo, nesta terça, praticamente todos os contratos estão operando com queda de pelo menos 1%. E a expectativa do mercado, agora, se volta para o relatório de oferta e demanda, que será divulgado no dia 10 de agosto pelo USDA. Se nele constar aumento de produção, as cotações tendem a cair ainda mais. Se a perspectiva for de redução da produção, os preços podem voltar a subir. Por enquanto, o mercado continuará oscilando conforme as previsões do clima nos Estados Unidos.
Os boletins meteorológicos apontam chuvas entre normais e acima do normal e temperaturas abaixo da média para o cinturão produtor americano no período de 8 a 14 dias. As condições favoreceriam as lavouras em um período crucial para a definição do potencial produtivo.