ALIANÇA CONTINENTAL

Conferência de ministros da Agricultura começa hoje na Costa Rica

Autoridades vão debater segurança alimentar nas Américas

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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Ministros da Agricultura de países das Américas se reúnem em San José, na Costa Rica, a partir desta terça-feira (3), para discutir os principais desafios do setor. Pelos próximos três dias, temas como sustentabilidade, segurança alimentar, mudanças climáticas e agricultura familiar devem dominar os debates na capital costa-riquenha.

A chamada Conferência de Ministros da Agricultura das Américas acontece a cada dois anos. O lema, em 2023, é “Uma aliança continental para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável”. De acordo com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a proposta é apresentar ações conjuntas que fortaleçam o papel da agricultura do continente como fiador da segurança alimentar e da sustentabilidade mundial.

Para a entidade, as crises climática, econômica e bélica, bem como mudanças no contexto internacional, demandam o que os especialistas se referem como um agro renovado, mais produtivo e resiliente. O objetivo é criar uma espécie de coalizão entre os países das Américas que permita a eles encarar os desafios em torno da segurança alimentar e das mudanças ambientais do planeta.

Além dos ministros da agricultura de cada estado-membro, o encontro deve receber o presidente do Panamá, Laurentino Cortizo Cohen; o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali; o vencedor do prêmio Nobel de Economia Michael Kremer; e o vencedor do prêmio Mundial da Alimentação Rattan Lal. A conferência inclui ainda uma sessão da Junta Interamericana de Agricultura (JIA), composta por 34 ministros da Agricultura e que constitui o principal órgão de governo do IICA.

Reunidos em San José, os ministros devem discutir também a participação do continente na próxima Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP28), programada para o fim deste ano em Dubai. Na véspera do encontro, já em solo costa-riquenho, eles classificaram a ação coletiva como imprescindível para garantir a segurança alimentar e fortalecer o papel da atividade agropecuária no desenvolvimento das Américas.