É quase um salão do automóvel de biocombustíveis, sem novidades nos modelos, mas com um diferencial que o governo brasileiro faz questão de comemorar: sete milhões de carros flex no Brasil. A frota nacional é de 25 milhões. A exposição tem ainda ônibus, avião e até um carro de corrida que já andam com etanol.
O modelo da Fórmula Indy é uma espécie de carro-chefe de um trabalho feito pela Agência de Promoção de Exportações (Apex) para divulgar o agronegócio do Brasil.
? O etanol vai ser usado nos carros da Fórmula Indy no campeonato do ano que vem e esta será a oportunidade de promover outros produtos brasileiros ? diz o presidente da Apex, Alessandro Teixeira.
A abertura da exposição foi feita pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que representou o presidente Lula. Ela e o governador do Estado de São Paulo, José Serra, abriram também a Conferência Internacional de Biocombustíveis, que acontece no mesmo local. O evento vai movimentar o maior número de empresários e autoridades nesta semana na Capital paulista. E é onde vão ser feitas as maiores discussões, uma delas sobre o uso dos biocombustíveis como matriz energética.
? Mais cedo ou mais tarde terá de haver a transição entre energias fósseis e energias renováveis ? disse a ministra.
A influência sobre o clima, a produção brasileira ? sem afetar a de alimentos ?, as pesquisas e o mercado internacional de biocombustíveis são outros temas para debate, inclusive com autoridades estrangeiras que estão participando. Segundo a organização, são 2,5 mil pessoas, 80 delas ministros de outros países que já trabalham com biocombustíveis.
Além das discussões, os dois eventos funcionam também como marketing para o Brasil. A idéia é mostrar para o mundo a força e o potencial da produção brasileira de energias renováveis.