As tarifas impostas pela China aos produtos agrícolas dos Estados Unidos podem impactar a demanda por soja e milho do Brasil? Pequim aplicou tarifas de 15% sobre importações de trigo, milho e algodão dos EUA e tarifas de 10% sobre outros alimentos, incluindo soja e laticínios. Na opinião do diretor da AgResource Brasil, Raphael Mandarino, existe muita especulação sobre o assunto.
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“Na política, amanhã tudo pode mudar, então eu já afirmo que a volatilidade vai continuar no primeiro semestre de 2025, e será marcado por essas oscilações intensas devido essa incerteza que a gente tem, tanto política como comercial”, disse durante entrevista cedida à jornalista Pryscilla Paiva, no telejornal Mercado & Companhia.
“A gente tem que analisar semana a semana tudo que está sendo feito e as retaliações adicionais que podem surgir. Isso tudo pode mudar, mas no momento atual, essa ação tem que ser feita com bastante cautela sem mudar a gestão estratégica dessa comercialização”, afirmou
EUA X China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou na sessão conjunta do Congresso americano na noite desta terça-feira (4), ressaltando as medidas tomadas por seu governo nas primeiras seis semanas da administração. Trump afirmou que seu governo estava “apenas começando”. Mais de uma vez, o republicano ressaltou que a sua vitória eleitoral foi um “mandato” da população americana.
A China retaliou os americanos com um aumento de próprias tarifas sobre alimentos importados dos Estados Unidos e essencialmente bloqueando vendas para 15 empresas do país.
Oportunidades
Raphael acredita que as medidas impostas pela China em reposta as tarifas dos EUA podem reconfigurar o comércio global, e o Brasil, com o setor do agronegócio, tem que agir rapidamente para aproveitar as oportunidades. A entrevista completa do diretor da AgResource Brasil, Raphael Mandarino, está disponível em nosso canal do Youtube.