Especialistas alertam para impactos incertos no agronegócio devido ao conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas. Os maiores alertas concentram-se nos preços dos fertilizantes, especialmente do cloreto de potássio, e os potenciais efeitos no mercado brasileiro.
O advogado especialista em direito internacional, Abrahão Fecury, destaca que, semelhante ao ocorrido durante a guerra entre Rússia e Ucrânia, há uma tendência de elevação nos preços dos fertilizantes, embora em menor nível. Israel representa aproximadamente 10% das importações brasileiras de cloreto de potássio, sendo o terceiro maior fornecedor, após Canadá e Rússia.
Quando questionado sobre a preparação do Brasil para enfrentar possíveis entraves devido à dependência externa de fertilizantes, Abraão aponta que embora haja estoque suficiente, a produção nacional não atende totalmente à demanda anual, variando entre 9 e 11 milhões de toneladas de cloreto de potássio.
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Quanto aos possíveis efeitos sobre os mercados, Fecury sugere que, embora haja uma possibilidade de aumento nos preços, seria em menor escala do que o observado no conflito Russo. Ele ressalta que, em caso de prolongamento do conflito, o mercado internacional pode se adaptar, com o Brasil buscando outras origens de importação.
Diante do cenário incerto e da possibilidade de extensão do conflito, especialistas estão monitorando de perto os desenvolvimentos, enquanto o setor agrícola permanece atento às potenciais mudanças nos preços e na disponibilidade de fertilizantes.
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