Levantamento divulgado esta semana pela organização mostra que o número de ocorrências em todo o país caiu de 325, no primeiro semestre de 2009, para 222 no mesmo período de 2010, uma redução de mais de 31,7%.
Para o integrante da coordenação nacional da CPT, Dirceu Fumafali, em ano eleitoral os movimentos se reúnem para discutir a conjuntura nacional, o que diminui sua atuação no período.
? O cenário político faz com que os movimentos tenham que definir suas táticas ? afirma.
Fumagali explicou, no entanto, que além da causa temporal, a queda também pode ser uma tendência.
? Se o judiciário continuar criminalizando os movimentos de luta pela terra e a mídia desconstruindo a solidariedade da sociedade pela reforma agrária, é claro que isso pode se consolidar ? afirmou.
O juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Marcelo Barthe, disse, no entanto, que a “postura mais proativa” da Justiça, desde que o conselho criou o Fórum de Assuntos Fundiários, em maio de 2009, abriu espaço para a pacificação, sem criminalizar os movimentos ligados à reforma agrária.
? Trabalhamos com a intenção de abrir espaço para o diálogo, na mediação de conflitos, tentando sempre conciliar as partes. Não se apontou a criminalização dos movimentos ? afirmou Barthe, coordenador do comitê executivo do fórum.