De acordo com os dados, o número de pessoas envolvidas nas denúncias de trabalho escravo subiu de 3,85 mil, em 2010, para 3,88 mil, em 2011. Só a Região Centro-Oeste concentrou quase 50% dos trabalhadores resgatados, com 1,91 mil pessoas.Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 1,32 mil trabalhadores em situação de trabalho escravo. O documento examina a violência rural em conflitos de terra, trabalhistas e pela água.
Pelo levantamento, houve 439 conflitos por questões agrárias neste ano, enquanto em 2010 foram registrados 535. Já os por água caíram para 29 registros, em 2011, enquanto em 2010 foram 65 casos. Os dados mais alarmantes se referem aos conflitos trabalhistas, registrando aumento de 23% nas denúncias de trabalho escravo.
A coordenadora nacional da Comissão Pastoral da Terra, Isolete Wichinieski, afirma que o aumento no número de casos de trabalho escravo ocorre devido ao estímulo que as pessoas têm recebido para denunciar.
– A sociedade está colaborando mais, as denúncias cresceram e isso é muito importante para combater os crimes no campo. (Mas é necessário) melhorar as condições de trabalho na área rural, só assim os conflitos serão reduzidos – diz.