Negociações tomaram conta de gabinetes, corredores e até do bar do Senado. Entre as propostas, está uma iniciativa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), presidida pelo gaúcho Paulo Ziulkoski:
? Devemos definir na próxima semana, depois de assembleia de líderes. Tem base em dados técnicos e vai implicar perda para alguns municípios, mas não na medida da atual.
É um caminho semelhante ao proposto pelos governadores Eduardo Campos (PE), e Cid Gomes (CE), ambos do PSB. Até o padrinho da polêmica emenda, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), admite uma transição que não passe, necessariamente, pela compensação da União, sugestão sua:
? A atuação dos governadores do Nordeste ajudou na ideia de entendimento, mas ninguém cogita de revogar a distribuição unânime dos royalties. Uns acham que a União deve bancar a transição, outros acham que não vai aceitar.
Outra alternativa é manter os royalties como estão nos campos em produção ? todos no pós-sal ? e rediscutir a distribuição só no pré-sal.
? As discussões têm de partir da arrecadação futura e não da atual. Que se garanta o que se recebe hoje ? defendeu nessa quinta, dia 18, Aécio Neves, governador de Minas Gerais, dizendo ter “alma carioca”.
Projeção da CNM aponta uma das explicações para o apoio do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à rebelião do Rio. Se a mudança vigorasse no ano passado, o ganho do Estado seria modesto ? R$ 36,3 milhões para orçamento de R$ 115 bilhões. Com as reservas de pré-sal na Bacia de Santos, o Estado teria mais a perder do que a ganhar, no futuro.