Atualmente, 14 usinas estão em atividade e outras 11 em fase de implantação. Para os próximos anos, mais 17 indústrias devem se instalar no Estado. Para discutir este avanço e projetar o cenário da atividade num futuro próximo, produtores, empresários e representantes de diversos setores participam da terceira edição Congresso de Tecnologia na Cadeia produtiva da Cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul (Canasul), que começou nesta segunda, dia 24.
Em pauta, estão assuntos como meio ambiente, diversificação da atividade rural, geração de energia, sustentabilidade econômica e os desafios da atividade. São temas estratégicos para conduzir a expansão sucroalcooleira no estado, que pretende se tornar o segundo maior produção de cana-de-açúcar no país.
Em meio ao otimismo, o setor não esquece que enfrenta um momento delicado. A crise internacional provocou uma queda acentuada nos preços pagos pelo etanol. Mesmo diante de uma realidade bem diferente da que era esperada, especialistas projetam o futuro da atividade e apostam em uma recuperação.
Foi o que disse o diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar. Ressaltando a importância de uma atividade que registra um faturamento bruto de US$ 23 bilhões por ano e gera 845 mil empregos diretos, Eduardo Leão reforçou que a restrição de crédito nos últimos meses comprometeu o capital de giro das indústrias, o que, em conjunto com a redução dos preços do etanol, prejudicou a estabilidade do setor. Porém, de olho nas perspectivas para os próximos meses, concluiu: o cenário para a produção de cana-de-açúcar é bastante animador.