Consolidar o mercado dos biocombustíveis vai exigir muito debate e acordos internacionais. O congresso em Uberlândia é uma iniciativa que segue essa tendência. Entre os organizadores, estão técnicos argentinos. No país vizinho, oito usinas de biodiesel estão em atividade apostando no futuro, a grande dúvida é sobre qual matéria-prima usar.
O diretor-da Associação Argentina de Girassol, que representa a terceira maior produção do mundo de óleo de girassol ? cerca decinco milhões de toneladas, Carlos Feoli, diz que o girassol é um ótimo produto para biodiesel no ponto de vista técnico, mas no mercado significa concorrer com o uso comestível, além da qualidade nutricional, o preço é melhor.
Biocombustíveis e alimentos são uma discussão que, para os participantes do congresso, cai no campo da política internacional. Todos concordam que a crise de alimentos não teve ligação com a produção de combustíveis alternativos. A preocupação é outra.
Produtores e especialistas querem concentrar esforços para organizar o setor, com planejamento para evitar concorrência com alimentos, usando produtos como pinhão manso. A idéia é unir combustível que gera desenvolvimento com a produção de comida sem perdas para a população mundial que vai crescer 30% nos próximos 25 anos.