Foram sete anos de análises e testes feitos pelos pesquisadores da Embrapa. O resultado foi um feijão resistente ao mosaico dourado, doença que causa perdas de até 100% nas lavouras.
Em setembro, a CTNBio liberou o feijão transgênico, mas o Consea é contra. A questão foi parar nas mãos da presidente da República.
A direção do Conselho enviou um ofício a Dilma Rousseff pedindo que mais testes sejam feitos. É que os riscos à saúde e ao meio ambiente ainda seriam desconhecidos.
? Para os agricultores isso significa também um procedimento que gerará muita dependência deles com a indústria de sementes. Pode contaminar os cultivos convencionais e compromete a biodiversidade, as variedades ? afirma o presidente do Consea, Renato Sérgio Maluf.
A Embrapa contesta.
? Nós temos confiança de que os nossos dados são robustos suficientes para mostrar a segurança do feijão para as plantas, para o meio ambiente e para a saúde humana. Não temos razão para acreditar que isso possa ser revertido neste momento ? garante o pesquisador da Embrapa, Francisco Aragão.
A Embrapa afirmou que não pretende cobrar royalties pela tecnologia e que será possível ao agricultor multiplicar as sementes. Se não houver mudanças na decisão da CTNBio, o produto deve chegar ao mercado em 2014.