Os membros do principal órgão de aconselhamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram para analisar os efeitos da crise no Brasil. Além da situação de cada setor foram apresentadas sugestões de medidas para amenizar os impactos na economia.
O principal assunto discutido foi a taxa básica de juros. Todos os conselheiros concordam que a Selic precisa cair mais que um ponto percentual e que as reuniões do Copom devem acontecer com mais frequência. Houve consenso de que a economia não pode esperar 45 dias por uma nova definição sobre os juros, em meio a tantos desdobramentos da crise financeira.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Safady, é um dos defensores dessa idéia. Para ele, as reuniões deveriam voltar a ser mensais. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se pronunciou a favor.
? Há uma proposição de que o Copom seja mais rápido e tenha reuniões mais dinâmicas. A crise está se produzindo diariamente e não se pode esperar 45 dias para responder a essas demandas ? diz Cezar Britto.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o conselho deve sugerir também a criação de uma agenda positiva, que reúna as reivindicações de todos os setores da economia, inclusive essas questões da política monetária.
? Para garantir emprego, renda e crédito, ter produção, comércio, consumo e que o país volte a crescer e ter empregos ? justificou Artur Henrique.