Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o endividamento alcança quase R$ 3 bilhões. São débitos que ficaram difíceis de serem pagos porque os produtores tiveram frustração de safra em decorrência do clima.
? Essa possibilidade de os agricultores familiares terem uma renegociação através de um novo crédito é fundamental. Hoje, os agricultores endividados estão no Serasa e no Cadin, impossibilitados de ter acesso a um financiamento ? diz o secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris.
Foram três anos de negociação com o governo até que o crédito saísse. O empréstimo poderá ser pago em até 10 anos. Na opinião do vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias, o prazo é longo demais e pode comprometer a capacidade de financiamento do agricultor para as safras futuras.
? Se, por exemplo, um agricultor familiar toma R$ 25 mil, o limite de crédito dele será baixado em R$ 25 mil. Isso tem impacto, inclusive, na própria segurança do produtor, porque se ele não pode financiar, não pode fazer seguro. A não ser que ele faça o seguro sem financiar, mas as dificuldades serão maiores ? defende.
De acordo com a Contag, 300 mil contratos poderão ser renegociados com o empréstimo que está para ser aprovado pelo governo.