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Conselho Nacional do Café defende que Brasil amplie safra do grão

Segundo presidente do CNC, país deve ampliar fatia no mercado global e, por isso, precisa aumentar incentivos para obtenção de variedades mais resistentes e produtivasO Brasil deve produzir safras médias de café cada vez maiores em meio ao cenário de crescente demanda, pois é o único país capaz de suprir o aumento da procura mundial e que tem condições climáticas favoráveis, com períodos de chuva e estiagem definidos. A informação é do presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, ao avaliar a primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra deste ano.

A Conab divulgou nessa terça, dia 10, que a safra 2012 de café do Brasil pode ser recorde entre 48,966 milhões e 52,272 milhões de sacas de 60 quilos. De acordo com Silas, esses números vêm ao encontro do que era previsto em dezembro passado, após contatos com as cooperativas. O recorde anterior foi registrado em 2002, quando o país colheu 48,5 milhões de sacas.

Por meio de comunicado, Silas disse que o Brasil deve ampliar a fatia no mercado global e, por isso, o CNC defende aumento dos incentivos à pesquisa e à tecnologia, para obtenção de variedades cafeeiras mais resistentes e produtivas.

Segundo ele, o crescimento da produção também é resultado dos melhores tratos culturais aplicados pelos produtores de café, os quais vêm aproveitando esse cenário de melhores preços após uma década de prejuízos.

Brasileiro salienta, contudo, que o cultivo de cafeeiros mais resistentes e produtivos deve ser feito aliado aos padrões qualitativos. De acordo com ele, qualidade é um fator fundamental e o produtor brasileiro tem avançado com os programas de certificação, melhorando a produção a cada ano para atender às exportações e, especialmente, ao consumo interno. Ele acrescenta que um resultado destacado dessa evolução é a aceitação dos cafés naturais do Brasil no contrato “C” da Bolsa de Nova York a partir de 2013. 
 

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