O Conselho propôs a criação de um fundo de garantia com R$ 10 bilhões que permita manter o fluxo de créditos e os orçamentos das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Esta coleção de projetos públicos e privados em diversas fases de desenvolvimento demanda investimentos de cerca de US$ 250 bilhões até 2010.
Os membros do organismo também recomendaram a Lula que o Banco Central detenha o ciclo de fortes altas das taxas de juros, que se mantém firme há um ano e que levou os juros para um mínimo referencial de 13,75% ao ano.
O presidente da Associação das Indústrias de Base e Infra-estrutura (Abid), Paulo Godoy, disse a jornalistas após a reunião que Lula ficou de avaliar a proposta e consultar com seus ministros.
A Abid estima que se deva garantir o financiamento de obras no valor de R$ 100 bilhões em infra-estrutura, energia e eletricidade, sem incluir os projetos vinculados à Petrobras, a maior empresa do país.
As taxas brasileiras estão entre as mais altas do mundo e são a principal estratégia do governo para lutar contra a inflação. Na semana que vem o Banco Central deverá decidir em uma nova reunião periódica se aplica um novo aumento.
Para os empresários, a restrição do crédito também sofrida pelo Brasil já encareceu o custo do dinheiro. O empresário Antoninho Marmo Trevisan disse que uma das propostas do governo é autorizar o Banco do Brasil a financiar diretamente compras de veículos com prazos de até 36 meses, para evitar os efeitos da crise no setor automobilístico, um dos mais importantes da indústria.
O Conselho é formado pelos principais ministros do governo e por 90 representantes do setor privado, da academia e da sociedade civil.