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BIODIVERSIDADE

Conservação e aumento da visibilidade do Pantanal é tema central em evento em MS

O público terá a oportunidade de aprender sobre os desafios para o desenvolvimento de estratégias voltadas para oferecer alternativas de renda e conservação

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Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Conservação, uso sustentável do bioma e aumentar a visibilidade do Pantanal brasileiro em âmbito nacional e internacional. Este será o foco do Pontes Pantaneiras: Conectando pessoas, cultura, biodiversidade e sustentabilidade, que ocorre entre os dias 16 a 18 de agosto, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. 

Durante os três dias de fórum, cerca de 15 mesas redondas e painéis vão reunir mais de 100 especialistas para debater casos de sucesso de conservação e refletir sobre mudanças positivas que valorizam o povo, a cultura e o capital natural.

Outro foco é incentivar alianças entre fazendeiros, comunidades tradicionais e povos indígenas para troca de experiências, projetos inovadores e iniciativas para a sustentabilidade, bem como atrair investidores para contribuir com o desenvolvimento sustentável do bioma.

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Dessa forma, ​o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, a Embrapa Pantanal, a University College London, o Smithsonian Institution e o ICMBio/CENAP, com o apoio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, propõem abrir espaços de conversas sobre o modelo de uso sustentável para o Pantanal.​

“O Brasil pode liderar uma agenda de mudança global com a autoridade de quem protege sua megabiodiversidade e o Pantanal consegue estabelecer uma convivência de sucesso entre os pantaneiros e a biodiversidade”, conta Cristina Tófoli do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, uma das instituições organizadoras do fórum.

Oportunidades para o público

O público terá a oportunidade de aprender sobre os desafios para o desenvolvimento de estratégias voltadas para oferecer alternativas de renda, conservar a biodiversidade e promover a pecuária sustentável, entre outras temáticas.    

Para isso, duas das principais frentes a serem desenvolvidas para fomentar o desenvolvimento econômico da região, e abordadas no evento como soluções, são a pecuária sustentável e o turismo ecológico. 

Uma análise da Embrapa feita em 2022 constatou que ativos tecnológicos e sistemas de produção para agricultura sustentável adotados no Brasil estão ganhando destaque e despertando o interesse de organismos científicos e multilaterais internacionais. 

Além disso, o ecoturismo foi o principal motivo para uma em cada quatro viagens domésticas realizadas a lazer no Brasil em 2021. 

“Este será um espaço aberto à troca de saberes, ideias e opiniões que deve estar em sinergia com as habilidades de pesquisa e comunicação de todos os participantes” aponta Ronaldo Morato, diretor no ICMBio/CENAP.

O Pantanal, em sua planície alagada, possui cerca de 80% da vegetação nativa que permanece bem conservada. E mais de 65% da cobertura vegetal do Cerrado nos planaltos do entorno foram convertidos em pastagens cultivadas e terras agrícolas, de acordo com um artigo publicado em 2016.

“Cabe à ciência gerar conhecimentos para dar suporte a este processo, orientando a tomada de decisões, e cabe ao poder público elaborar políticas baseadas nestes conhecimentos para respaldar a busca pela sustentabilidade“, relata Walfrido Tomas, pesquisador na Embrapa Pantanal.

 

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