? A Bunge adquiriu a Moema, a Louis Dreyfus comprou a Santelisa Vale e existem outras que estão rondando o mercado ou fazendo pequenas aquisições ? afirma.
Nos últimos meses, Cargill, ADM e Nobel tentaram marcar posição neste mercado, mas sem sucesso.
? Hoje, as tradings ganham apenas com a comercialização do açúcar, mas elas têm noção de que se estiverem na produção terão informações importantíssimas sobre o custo de produção que vão ampliar os ganhos na fixação de preços ? explica Carvalho.
Além disso, estas empresas apostam na expansão do mercado etanol no médio prazo. Atualmente, 90% deste mercado está direcionado ao mercado interno, mas, em breve – e principalmente com a aprovação da lei da Califórnia e do reconhecimento da Agência Ambiental dos Estados Unidos que o etanol de cana é o melhor em redução das emissões – a expectativa é de que o mercado americano vai se abrir e comercializar etanol será um grande negócio.
Uma segunda frente para a consolidação do setor seria formada pela vinda de empresas sucroalcooleiras indianas para o Brasil. Carvalho cita a Shree Renuka Sugars Ltd, que levou 50% da Equipav e outras duas usinas no Estado do Paraná.
? Com dois lances, eles já detêm uma moagem de 12 milhões de toneladas ? disse.
Para Carvalho, muitas empresas indianas já procuram oportunidades no Brasil e outras virão.
? O mercado indiano é o principal mercado de açúcar do mundo, hoje com uma expectativa enorme de crescimento no consumo per capita ? explica.