As perdas por ferrugem praticamente não ocorreram na safra 2007/08. Na avaliação do diretor de Defesa Sanitária do Mapa, José Baldini, os bons resultados a campo mostram a importância dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Consórcio Antiferrugem.
? Desde que a doença apareceu no Brasil, em 2002, houve um grande empenho para levar informações ao produtor e uma intensa busca por produtos e técnicas de controle mais eficientes. Foi uma união que mostrou a força do setor produtivo. É um exemplo para outras culturas ?destacou.
A agrônoma Mônica Martins, da Fundação Bahia, alerta que o produtor não pode se acomodar.
? Não é porque a doença está aparecendo mais tarde e em condições de baixa pressão que o produtor vai baixar guarda na próxima safra. Com a ferrugem é preciso estar sempre atento ? aconselha.
Na avaliação da responsável técnica pela área de sanidade de grandes culturas na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Maria Celeste Marcondes, a safra passada mostrou a importância do monitoramento permanente.
? Com as unidades de alerta e a ferramenta de monitoramento dos focos pela internet conseguimos fazer um trabalho pró-ativo na defesa vegetal ? avalia a técnica que vem acompanhando a implantação do primeiro ano de vazio sanitário no Estado.
Um dos problemas apontados durante a reunião foi a menor eficiência dos fungicidas dos grupos dos triazóis, em situações de maior pressão da doença.
Números
O mapa do Consórcio Antiferrugem recebeu cerca de 2,1 mil confirmações de focos durante a safra 2007/2008 enviadas por 45 laboratórios credenciados para o diagnóstico. O Paraná foi o Estado que mais alimentou o site com informações sobre a evolução da doença, seguido de Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul e Bahia.