Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu (PA), diz no comunicado que pediu uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para apresentar as preocupações do movimento sobre Belo Monte. Mas, de acordo com ele, o governo propôs um encontro com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República. Na carta, o bispo afirma que uma declaração em defesa da construção da usina atribuída ao ministro o levou a recusar a reunião.
Kräutler disse que o diálogo almejado com o governo nos últimos anos foi “inviabilizado já desde o início”. Ele afirma que os índios não foram ouvidos.
? Com base nessas denúncias, pedimos à Procuradoria-Geral da República investigação e tomada de providências cabíveis ? disse.
Na tarde desta sexta, Kräutler entregará à vice-procuradora Geral da República, Débora Duprat, uma representação contra o projeto de Belo Monte.
Na carta, o bispo diz ainda que falta um estudo sobre o impacto que sofrerão os municípios afetados pela construção da usina e sobre a qualidade da água no reservatório a ser construído.