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Consultora diz que Brasil pode demorar mais que o previsto para ampliar oferta interna de fertilizantes

Elisabeth Chagas avalia que vontade do governo é mais lenta que a da iniciativa privadaO Brasil deve levar mais do que os cinco anos previstos inicialmente para expandir a produção interna de fertilizantes e reduzir a dependência do produto importado. Foi o que disse nesta sexta, dia 8, a consultora em infra-estrutura e logística do agronegócio Elisabeth Chagas.

Em entrevista ao quadro Pauta do Produtor, do programa Mercado e Companhia, ela avaliou que a vontade do governo é bem mais lenta.

? O governo passou um tempo muito longo sem se preocupar com o que era de direito dele ? disse Elisabeth.

Um exemplo de dificuldade citado pela especialista foi o da produção dos chamados nitrogenados, que depende da exploração de gás natural. De acordo com Elisabeth Chagas, é preciso ter amplo conhecimento sobre os preços desse gás, não só no curto, mas no longo prazo.

? É uma política que a gente não sabe os horizontes ? avaliou.

Por outro lado, Elisabeth Chagas disse que a iniciativa privada faz sua parte e deve dar mais demonstrações de eficiência. Porém, a consultora não deixou de destacar que o país está atrasado na produção desses importantes insumos para a agricultura.

? Quando privatizou deu uma melhorada grande, mas no fundo, estamos falando de uma indústria da época do Geisel (Ernesto Geisel, general-de-exército e presidente da República de 1974 a 1979, durante o regime militar).

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