Consultoria prevê aumento na produção brasileira de soja e milho

INTL FCStone elevou a safra para 78,04 milhões de toneladas de milho e 94 milhões de toneladas de soja; FAO estima queda na produção mundialEm função dos ajustes de produtividade de soja em alguns estados e das condições favoráveis ao desenvolvimento do milho segunda safra, a consultoria INTL FCStone elevou a estimativa de produção do cereal e da oleaginosa na safra 2014/2015.

Fonte: Jecson Schmitt/Arquivo Pessoal

Apesar dos atrasos ocorridos no plantio da safra de inverno de milho, com uma parte considerável das lavouras sendo semeadas fora da janela ideal, as perspectivas estão muito favoráveis. O clima deve garantir boas produtividades e uma elevada produção, alcançando total de 78,04 milhões de toneladas. Destes, 49 milhões de toneladas correspondem à segunda safra. Com o aumento da produção de milho, os estoques finais devem ficar em níveis bastante elevados, alcançando 16,22 milhões de toneladas, com uma relação estoque/uso de 21,2%.

Já para a soja, a INTL FCStone aumentou a produção brasileira para 94 milhões de toneladas. No Mato Grosso, a colheita já finalizada permitiu verificar um rendimento maior do que esperado inicialmente, chegando muito próximo ao observado no ano passado. A produtividade mato-grossense deve alcançar, portanto, 3,1 ton/ ha. 

– Apesar das variações entre as regiões do estado, causado pelo clima irregular, a produtividade histórica foi superada em algumas delas, puxando a média para cima – afirma a analista de mercado Natalia Orlovicin.

No Matopiba (região que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os problemas climáticos acabaram por afetar negativamente as lavouras de maneira mais intensa do que a esperada, especialmente no Maranhão, levando a uma redução da média das regiões.

FAO reduz estimativa da produção mundial de grãos em 2015

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reduziu nesta quinta, dia 7, sua estimativa de produção mundial de cereais em 2015/2016, para 2,509 bilhões de toneladas, retração de 1,5% na comparação com estimativa anterior, de março.

A redução teve como base o avanço e as condições do plantio já em andamento e a intenção de semeadura. O milho é foi o principal responsável pela queda, por causa da redução da área de plantio nos Estados Unidos.  Para a temporada 2015/2016, a FAO projeta que o consumo de cereais totalize 2,522 bilhões de toneladas. O número representa um acréscimo de 1% ante o ciclo anterior, por conta do aumento do uso de ração animal na indústria.

A perspectiva é de que os estoques globais de grãos ao fim da temporada 2014/2015 totalizem 645,6 milhões de toneladas. A FAO reduziu sua previsão de comercialização em 2015/2016 para 349,4 milhões de toneladas, dois milhões de toneladas a menos do que a estimativa para a temporada anterior e queda de 2% ante o recorde alcançado em 2013/2014.

projeção para a safra 2015/2016 do trigo é de 719 milhões de toneladas, três milhões a menos do que a projeção anterior. O número, no entanto, representa queda de 1,4% na comparação com a safra recorde de 2014.