A pesquisa mensal do IBGE mostrou que a taxa de desemprego em dezembro ficou em 6,8%, o nível mais baixo desde março de 2002. De acordo com dados da Tendências Consultoria, que usa outra metodologia de pesquisa, houve aumento na taxa de desemprego pelo segundo mês seguido. Em outubro, a taxa era de 7,6%; em novembro o indicador apresentou alta de 0,2 pontos percentuais, atingindo 7,8%. Em dezembro, alta de novo: o desemprego chegou a 8%.
Com as demissões que vêm sendo anunciadas diariamente, os dados desanimam. Para 2009 as previsões da consultoria apontam taxa de desemprego de 9,3%. Com relação à ocupação, após dois anos de forte crescimento (2007 ? 3%, 2008 ? 3,8%), a previsão para este ano é de leve alta: 0,6%.
O aumento do salário mínimo, por sua vez, favorece as projeções positivas para o rendimento médio real. A consultoria acredita em crescimento de 1,8% em 2009. Este resultado, somado ao aumento de 0,6% do número de ocupados, resulta em alta de 2,4% da massa salarial, valor muito abaixo do registrado no ano passado (7,3%) e em 2007 (6,3%).
A piora do mercado de trabalho também deve influenciar negativamente o cenário de crédito. Além da ameaça do desemprego desencorajar os consumidores, o menor crescimento de empregos formais dificulta o acesso aos financiamentos.