A produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil deve totalizar 1.363 milhão de toneladas na primeira quinzena de outubro, queda de 48% no ano, aponta uma pesquisa realizada com 11 analistas da consultoria S&P Global Platts.
De acordo com os analistas consultados, o esmagamento da cana está estimado em 17,1 milhões de toneladas a 27,7 milhões de toneladas. A estimativa média é de moagem total de cana de 22,1 milhões de toneladas, queda de 40,3% no ano.
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“O esmagamento da cana deve diminuir drasticamente nesta quinzena porque um grande número de usinas já encerrou a safra combinado com um atraso na colheita induzido por fortes chuvas no Centro-Sul”, disse, em nota, a S&P Global Platts Analytics.
O clima no Centro-Sul foi abaixo do ideal para a moagem durante o primeiro semestre de outubro, com uma estimativa de 4,9 dias perdidos pela chuva.
A proporção da cana utilizada para a produção de açúcar deve ser de 42,9%, ante 45,3% um ano antes. Embora os produtores brasileiros tenham aproveitado os recentes altos preços do etanol hidratado e anidro, as expectativas de longo prazo são de que as usinas continuem a maximizar sua produção de açúcar, dada a maior lucratividade da produção de açúcar em relação à produção de etanol.
Ainda segundo a produção total de etanol de cana-de-açúcar deve ser de 1,19 bilhão de litros, uma redução de 42,7% em relação ao ano anterior.
A produção de etanol hidratado da cana é estimada em 685 milhões de litros, de acordo com a média das respostas dos analistas à pesquisa. Isso seria uma queda de 47,7% ano a ano. A produção de etanol anidro da cana no primeiro semestre de outubro é esperada em 502 milhões de litros, uma queda de 34,2% na comparação anual, de acordo com a pesquisa.
A produção total de etanol de milho deve ser de 139 milhões de litros, um aumento de 13,9% em relação ao ano anterior. A produção de etanol hidratado é esperada em 89 milhões de litros, um aumento de 8,7% ano a ano, e a produção de etanol anidro no primeiro semestre de outubro é de 50 milhões de litros, um aumento de 25,2% ano a ano.