O projeto foi desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), além de pesquisas feitas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Católica de Brasília.
Apesar de ser um projeto piloto, o sistema inaugurado na capital federal poderá ser implantado em outras redes de supermercados. Esse mesmo sistema estará disponível na internet. Além de conhecer melhor a funcionalidade dos alimentos e poder optar por um produto melhor na hora da compra, os consumidores terão um canal para tirar dúvidas. As perguntas serão respondidas por profissionais da área.
O pesquisador da Embrapa Fenelon Nascimento Neto afirma que o terminal de consulta pública disponibiliza, com uma linguagem simples, a oportunidade de o consumidor conhecer melhor os produtos antes da compra.
? A ferramenta vai permitir ao público, a partir de uma linguagem simples, aprofundar questões do alimento que consome. Isso permite a escolha de um produto com mais qualidade e informações sobre o transporte e o preparo desse alimento ? disse.
O presidente da Abras, Sussumu Honda, avalia a iniciativa como um avanço no sentido de valorizar o consumidor.
? A iniciativa mostra a preocupação do segmento varejista em oferecer ao consumidor informações sobre a produção e a qualidade do produto ? disse.
O gerente-geral de Toxicologia da Anvisa no Distrito Federal, Luiz Carlos Meireles, afirma que o intuito da iniciativa é ajudar o consumidor a ter informações com relação à qualidade dos alimentos e o controle dos agrotóxicos.
? Temos trabalhado nas questões de segurança alimentar e qualidade dos alimentos a partir do controle dos agrotóxicos. Nosso trabalho agora é alimentar esse sistema com dados e consolidar essa parceria em torno do controle de resíduos dos agrotóxicos nos alimentos, deixando essas informações disponíveis ao consumidor ? explicou.
Ainda de acordo com Fenelon, o sistema conta hoje com a catalogação de 71 frutas. A ideia é que esse número se estenda a 453 incluindo frutas, hortaliças e grãos.