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Consumo de café neste ano não deve ficar abaixo do nível de 2010, diz OIC

Organização acredita que o crescimento anual deverá ser mais fraco devido à condição atual da economia globalO consumo mundial de café em 2011 não ficará abaixo do patamar visto no ano passado, mas o crescimento anual deverá ser mais fraco devido à condição atual da economia global, informou nesta quinta, dia 15, a Organização Internacional de Café (OIC). O diretor de operações da entidade, José Dauster Sette, disse que o consumo global do grão neste ano não cairá, mas a taxa de crescimento anual será menor do que nos anos anteriores.

– É difícil prever para 2011 como o consumo global de café será exatamente, mas não ficará abaixo de 2010. Devido ao nível muito alto das exportações de café neste ano, é difícil definir um número exato para o consumo, se os embarques forem usados para abastecer os estoques ou satisfazer um consumo maior – disse o diretor.

A princípio, é provável que as fortes exportações de café serão usadas para os países estocarem, em vez de suprirem a demanda, devido ao clima econômico e às preocupações macroeconômicas, segundo ele.

– A taxa de crescimento do consumo nos últimos anos mostrou que o café está em forte demanda. Neste ano, esperamos uma forte demanda do Brasil, Ucrânia, Rússia, Índia, México e Coreia do Sul – disse ele.

O consumo mundial de café em 2010 foi projetado em cerca de 135 milhões de sacas, alta de 2,4% na comparação com 2009 e de 27,4% ante 2000, de acordo com a OIC. Neste ano, as exportações somaram US$ 23,5 bilhões, cerca de 41% acima do valor apurado em 2010, tendo em vista a robusta demanda, informou a OIC nesta semana.

– O consumo mundial de café nos últimos 40 anos confirma a sua força, particularmente durante os últimos 10 anos – revelou.

O consumo global do grão quase dobrou para 135 milhões de sacas em 2010, ante 70,7 milhões de sacas de 60 quilos cada em 1970, de acordo com a OIC. Neste período, o consumo per capital no Brasil foi o mais alto entre os exportadores, de 4,8 quilos, enquanto a Finlândia se destacou entre os importadores, com 11,9 quilos, segundo a entidade.

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