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Consumo de carne de frango dobra no país

Estrela do Plano Real ganha espaço no prato brasileiroVedete do Plano Real, o frango se mantém como um dos protagonistas nas mesas dos brasileiros. Apesar do aumento de 161% no preço da ave nos últimos 14 anos, o consumo per capita do produto dobrou no país no mesmo período.

Cada brasileiro consome 38 quilos por ano de frango. Em 1994, eram 19 quilos por pessoa, segundo a União Brasileira de Avicultura (UBA).

Segundo Érico Pozzer, vice-presidente da UBA, o frango conquistou mais espaço no prato por ter preço mais acessível. Isso foi possível, explica, pelo aumento da produção com eficiência e novas tecnologias. No mesmo período, a costela bovina, por exemplo, ficou 304% mais cara.

Pesquisa mensal de preços do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Iepe/UFRGS) que considera famílias com renda de até 20 salários mínimos, aponta uma elevação de 273% no quilo da alcatra.

Os carrinhos de compras nos supermercados comprovam. Sexta-feira, Rosângela Bomfim levou uma bandeja de cortes de coxa para o jantar do filho de 14 anos que joga nas categorias de base do Grêmio. De Manaus, está de férias em Porto Alegre, mas faz questão de balancear a alimentação cuidando das contas.

? O bife e a chuleta (bovina) estão um absurdo de caros ? reclamava Rosângela.
 
? O frango continua sendo muito consumido por causa da alta da carne bovina ? afirmou a presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores do Rio Grande do Sul, Edy Mussoi.

Com a estabilização e a retomada do poder de compra, o consumo cresceu na classe C, com salário médio mensal de R$ 1 mil, avalia André Braz, da Fundação Getulio Vargas.

Outro símbolo do real entrou de vez no cardápio: o iogurte. Em 14 anos, a garrafa de 720 gramas subiu 16%, o equivalente a apenas R$ 0,42, de R$ 2,67 para R$ 3,09, segundo o Iepe. Considerado supérfluo no passado, hoje faz parte da cesta básica. Foi o que menos subiu entre 48 produtos, assegura José Antonio de Seixas Villanova Filho, economista do Iepe.

Conforme Francisco Miguel Schmidt, gerente executivo da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), dependendo do peso, tem iogurte custando R$ 1, menos da metade do preço de um cafezinho.

 

 

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