A alta, segundo os dados das Contas Trimestrais, divulgados nesta terça, dia 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é reflexo da continuidade do crescimento da massa salarial, da manutenção do crédito para pessoas físicas e das medidas de desoneração fiscal que estavam em vigor no período avaliado.
Para a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, apesar dos resultados positivos, os indicadores mostram que houve uma desaceleração nos gastos das famílias.
? As taxas que temos, hoje, são semelhantes aos patamares que tínhamos antes da crise de 2008, mas ainda assim, apontam que as famílias colocaram um freio nos gastos, que têm um peso grande para a economia do país. Não houve queda no consumo, mas uma desaceleração ? diz Rebeca.
No setor externo, tanto as exportações como as importações de bens e serviços também apresentaram taxas que mostram recuperação das perdas com as turbulências da economia em 2008. Em relação ao primeiro trimestre de 2009, as importações registraram alta de 39,5% e as exportações, de 14,5%. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, as taxas foram 13,1% e 1,7%, respectivamente.
? No caso das importações, o resultado foi impulsionado pelo crescimento da demanda interna, com o aumento da compra de máquinas e equipamentos, mas também reflete a valorização do real frente o dólar ? explica Rebeca.