Além de mais saudável, por ser cozido e não levar gordura, o milho costuma sair em conta para os veranistas: a espiga custa, em média, R$ 3,00, praticamente o mesmo preço do ano passado.
Para quem come o milho na beira da praia, o lanche pode até parecer barato, mas longe da praia, na lavoura onde o produto é cultivado, a saca com 40 espigas é vendida pelo produtor em média por R$ 10,00. Trabalhando há 30 anos neste mercado, Donizete Menk cultiva o grão em 20 hectares de terra. Ele confirma que no verão as vendas aumentam, e muito.
– Agora é hora de vender, é temporada, carnaval. Tem que aproveitar e mandar milho pra praia, já que a saída é boa. Nesta época a venda chega a dobrar, aumenta 100%. Vendemos pra Santa Catarina, Santos, Rio de Janeiro, pra tudo que é lado vai um pouco do nosso milho – comemora o produtor.
Para dar conta da demanda maior, Menk planta quatro hectares a cada 15 dias e, assim, garante o abastecimento durante todo o ano. Só no verão, ele negocia cerca de 50 toneladas por semana. O preço recebido pelo milho também aumenta nesta época e chega a R$ 300,00 por tonelada.
O produtor João Uehara, no entanto, costuma não se empolgar muito com o aumento das vendas de milho para as praias.
– Nessa época o consumo no litoral aumenta, mas diminui em São Paulo. Os próprios moradores de São Paulo consomem na praia, então dá elas por elas – explica.