Entre diversas reivindicações, a entidade defende a aceleração dos programas que atendam a reforma agrária e a agricultura familiar, e a reavaliação dos índices de produtividade da terra.
? Isso facilitaria a identificação de áreas improdutivas, para que possam ser destinadas para fins de reforma agrária. É vergonhoso um país como o Brasil ainda trabalhar com índices de produtividade dos anos 60. O Grito da Terra é a maior mobilização dos trabalhadores rurais ligados à Contag ? explica o secretário de Política Agrária da entidade, William Clementino.
Na manifestação, será também sugerida a atualização do Código Florestal, para que trate de forma diferenciada o agronegócio e agricultura familiar.
? Enquanto a agricultura familiar procura garantir a sustentabilidade ambiental, o agronegócio tem se mostrado perverso, no sentido de estar expandindo as fronteiras agrícolas, de estar envenenando o solo, e por estar produzindo de forma insustentável. Quem trata bem o meio ambiente precisa ser melhor compreendido, e quem trata mal precisa ser melhor corrigido ? argumenta Clementino.
Outra reivindicação defendida pela entidade é a alteração da MP 8899, que impede a realização de ações de reforma agrária em coberturas de florestas primárias da Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Segundo o dirigente da Contag, a reforma agrária não é prejudicial a esses biomas.
O Grito da Terra é organizado pela Contag em conjunto com sindicatos e federações de trabalhadores rurais.