As contratações de crédito rural por meio do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), no ano-safra 2014/2015, foram 36% superiores às do ciclo 2013/2014.
Os dados, divulgados nesta quinta, dia 6, pela Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, mostram que a temporada agrícola encerrada em junho deste ano teve 8,018 mil contratos – o equivalente a R$ 3,6 bilhões em desembolsos pelo sistema financeiro.
O secretário do Produtor Rural e Cooperativismo, Caio Rocha, divulgou nota celebrando o incremento.
– Esse crescimento confirma que o Plano ABC é uma política pública de sucesso. A cada ano mais produtores rurais adotam as tecnologias do plano – disse.
Segundo os dados do ministério, o Sudeste foi a região com o maior número de contratos via Plano ABC no ano-safra 2014/2015. Em seguida, aparecem Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Já em relação à área de adoção do ABC, o Centro-Oeste ocupa a primeira posição, seguido pelo Sul, Sudeste, Nordeste e Norte.
A Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo informou ainda que em junho o número de contratos chegou a 1.149, o equivalente a R$ 562 milhões, ante 730 de junho de 2014, quando somaram R$ 380 milhões. Com esse desempenho houve um aumento de 47,89% em volume de recursos na comparação entre os dois meses.
Meta
O Brasil precisa ocupar quase 4 milhões de hectares com tecnologias do Plano ABC para cumprir sua meta até o fim do ano. O objetivo é chegar a dezembro com 11,3 milhões de hectares. De 2010 até junho de 2015 o País conseguiu fazer 7,35 milhões de hectares, segundo os dados divulgados pelo ministério.
Das tecnologias previstas no programa, desde a implementação do ABC, 41% dos recursos financiados foram para recuperação de pastagens degradadas; 7% foram para integração lavoura-pecuária-floresta; 22% para sistema de plantio direto; e 14% para florestas plantadas.
– Tais dados revelam que grande parte do montante de recursos realmente está indo para a recuperação de pastagens degradadas, que é o maior desafio do ABC. A meta é recuperar 15 milhões de hectares até 2020 – diz o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do ministério, Elvison Nunes.
Ele explicou ainda que, em termos de área ocupada, o sistema lavoura-pecuária-floresta mostrou avanço expressivo, passando de 42 mil hectares no ano-safra 2013/2014 para 292 mil hectares no ciclo 2014/2015.