Estimativas que circulam no mercado preveem a safra deste ano de 55 milhões até 60 milhões de sacas. Considerando que o Brasil consome 50 milhões de sacas (31 milhões de sacas em exportação e 19 milhões de sacas para consumo interno), haveria excedente mínimo para 2011, quando o país colherá uma safra pequena.
Historicamente, uma redução de cerca de 25% de uma safra grande para a seguinte é considerada normal.
? Então chegaremos em 2011 com pouco estoque, perspectiva de uma safra pequena, podendo faltar determinadas qualidades de café ? comentou Paulino da Costa, que participou hoje do 18º Seminário Internacional de Café de Santos, em Guarujá, no litoral de São Paulo.
Nesse sentido, Paulino da Costa ressalta que o Brasil deve administrar bem a comercialização da volumosa safra deste ano.
? O produtor não deve vender a qualquer preço, pois a tendência é que as cotações melhorem mais para o fim do ano.
Paulino da Costa explica que o setor produtivo, liderado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reivindica do governo mecanismos de financiamento da produção. Os produtores querem crédito para 20 milhões de sacas pelo preço mínimo de R$ 261,69.
? Quem conseguir segurar a produção vai poder vender melhor mais à frente ? informou.