A Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel), no oeste do Paraná, lançou um programa para estimular o plantio de trigo entre os produtores rurais cooperados.
Batizado de ‘Coopavel Mais Trigo’, o projeto prevê financiamento de insumos com taxa zero, seguro da safra e garantia de preço mínimo de R$ 100 por saca em 2022.
Segundo a cooperativa, com as medidas, a margem de lucro do triticultor está estimada em 60%. “A triticultura nacional vive um momento importante e, diante das novidades em tecnologias e com ações de estímulo, tem tudo para crescer, oferecer oportunidade de renda aos produtores e fortalecer ainda mais o agronegócio nacional”, diz o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
“Não existe nada parecido com isso no Brasil, medidas que demonstram o quanto a nossa cooperativa confia no avanço dessa cultura”, complementa.
Coopavel
Com o projeto, que será reajustado a cada ano/safra, a Coopavel pretende ampliar a área cultivada de trigo na região de abrangência da cooperativa. Atualmente, são 23 cidades das regiões oeste e sudoeste do Paraná.
Atualmente, a Coopavel recebe 3,5 milhões de sacas de trigo por ano e a meta para 2026 é de chegar a 7 milhões. Os incentivos do ‘Coopavel Mais Trigo’ buscam, gradualmente, elevar a área dedicada à triticultura, que atualmente ocupa 130 mil hectares, 10% do que é cultivado com o cereal em todo o Paraná.
O objetivo é, em seis anos, saltar dos 130 mil para 250 mil hectares. “O trigo não é mais só uma opção de cultura de inverno, é uma interessante alternativa de renda ao agricultor”, defende Dilvo Grolli.
Trigo
O Paraná é o maior produtor nacional de trigo. Com 3,8 milhões de toneladas, o estado responde por 52% de tudo o que o Brasil produz. Neste ano, a safra do cereal de inverno deve chegar a 7 milhões de toneladas.
Apesar desta produção, o país importa aproximadamente 6 milhões de toneladas por ano. “Um em cada dois pães consumidos no nosso no Brasil é feito com farinha importada. Ou seja, temos um enorme potencial de produção pela frente, o que faz do trigo a única cultura que poderá dobrar de tamanho em pouco tempo”, conta o presidente da Coopavel.