? Estamos diante de uma situação concreta, em que a vibração e a inventividade em nível micro não se traduziu numa conjunção macro ? observou Unger, que leva aos Estados nordestinos uma proposta de vertentes para um novo plano de desenvolvimento regional, no qual um dos princípios é o de “partir do que já deu certo”.
A cooperativa Pindorama trabalha com 1,1 mil cooperados, que exploram 1,4 mil lotes de 20 hectares – 15 mil hectares são dedicados à cana-de-açúcar, 5 mil hectares à pecuária e o restante a uma variedade de frutas. Em 2008, ela produziu 20 mil sacas de açúcar e 370 mil caixas de suco e foi o 58º maior contribuinte de ICMS do Estado.
? Nós retiramos os intermediários para baratear os custos. Hoje, a cooperativa não deve somente produzir, mas também comercializar, oferecer insumos e atuar em todas as fases do processo ? explicou o presidente da Pindorama, Klécio Santos.
Outros pontos impressionam no projeto dos pequenos produtores. Dentro da área em que produzem, há hospital, pronto-socorro, escolas e até uma agência dos Correios. A cooperativa nasceu em 1959 sob a condução de um suíço, que contou com investimentos da Alemanha e da Holanda para instalar o empreendimento coletivo.
? O modelo provou que esse é o caminho da reforma agrária neste país. É possível transferir e adaptar para outra região ? afirmou Santos.