O presidente da Cooper A1, Elio Casarin, lembrou que a cooperativa apoia projetos voltados para as mulheres há 15 anos pela importância e necessidade delas estarem bem informadas.
– Junto com o marido, a mulher assume a gestão da propriedade rural e também as decisões. Por isso, ela tem que estar a par do que está acontecendo. Esperamos que o programa traga questões aprofundadas sobre cooperativismo e chegue na raiz do problema, porque na hora das dificuldades, os conceitos não funcionam – ressaltou.
Na mesma linha de pensamento, o presidente da Cooperalfa, Romeo Bet, destacou a importância dos programas do Sescoop/SC pela fundamentação que apresentam.
– Na hora de recebermos a produção, sempre temos problemas porque o associado não está entendendo a proposta do cooperativismo – disse Bet.
Nesse sentido, a coordenadora de promoção social do Sescoop/SC, Patrícia Gonçalves de Souza, falou sobre a intenção do programa de atender as necessidades específicas de cada cooperativa, preparando as mulheres para atuarem de modo organizado em suas fazendas e comunidades.
O especialista em cooperativismo Ney Guimarães será um dos instrutores dos módulos do programa.
– O homem respeita a mulher e compartilha as situações com ela. Se a mulher estiver preparada, ela pode levar os conceitos de cooperativismo para dentro de casa e assim poderá defender os reais valores – concluiu Guimarães.
As atividades na Cooper A1 e na Cooperalfa começarão em julho, mas o programa já está em andamento desde o início de abril na Cooperjuriti, de Massaranduba (SC) e em Blumenau (SC), na Cooper.
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No ano passado, as cooperativas Coopersulca, de Turvo (SC) e Coopera, de Forquilhinha (SC) desenvolveram o programa em caráter experimental. Depois da apresentação e aprovação dos resultados, em 2014 o programa foi disponibilizado para as cooperativas que demonstraram o interesse em participar.
Como funciona o programa
Para a formação de 96 horas, cada cooperativa pode convidar até 40 mulheres associadas, esposas e filhas de associados. O programa Mulheres Cooperativistas está estruturado em quatro etapas: preparação, lançamento, formação modular e implantação de núcleos femininos.
A etapa de formação é composta por seis módulos de 16 horas cada e finalizada com encerramento de entrega dos certificados, totalizando uma carga horária de 98 horas. A duração média é de quatro meses, com periodicidade de duas aulas mensais, ministradas quinzenalmente, de acordo com cronograma a ser definido juntamente com a cooperativa parceira do programa.
A proposta tem como principais eixos temáticos o cooperativismo, liderança cooperativista e protagonismo feminino, além da organização do quadro social. A metodologia tem como pressuposto a educação humanizadora, com foco na convivência em grupo e interação educador-aluno, tanto nos aspectos teóricos como no desenvolvimento de atividades práticas que permitem a vivência do cooperativismo de acordo com a real necessidade e o tipo de negócio de cada cooperativa.