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Cooperativas correspondem a 25% da capacidade de armazenagem do Brasil

Veja na quarta reportagem da série, exemplos de produtores que usam as cooperativas para guardar seu produto e aprovam o resultadoAs cooperativas respondem por 25% da capacidade estática de armazenagem do Brasil, o que corresponde a cerca de 35 milhões de toneladas. A atividade é estratégica já que viabiliza uma série de outros negócios. O investimento do setor em armazenagem tem sido em de R$ 600 milhões.

– As cooperativas estão investindo muito na modernização e ampliação nas estruturas de armazenagem – diz o coordenador agropecuário da Organização das Cooperativas Brasileiras, Paulo Cezar Dias.

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A Cooperativa Agroindustrial Consolata, do Paraná, por exemplo, tem um projeto para investir R$ 160 milhões até 2015, para ampliar de 600 para 900  mil toneladas a capacidade total de estocagem. O objetivo só poderá ser concretizado com a criação de novas linhas de crédito.

Já para quem produz café, o processo é diferente, porque depende da situação financeira de cada produtor. O grão experimenta três meses de colheita e 12 de comercialização

– Se você tiver de vender você não pode guardar, claro. E se tiver de guardar, a gente guarda em uma cooperativa que é um lugar de confiança ou em particular que seja de alta confiança também – conta Armando Santos, cafeicultor. 

O produtor é do sul de Minas Gerais e confia nas cooperativas. Para ele, elas têm um papel importante para dar segurança e garantia na hora de armazenar e comercializar. A única queixa em relação às cooperativas é não ter acesso ao café que sai da fazenda e acaba misturado aos grãos de outros cafeicultores, dentro do processo normal de recebimento.

– O café estando em um armazém particular, eu fico com mais liberdade. Já na cooperativa, não é este procedimento, é tudo armazenado em volume de grandes produtores. É direito, é sério, mas aquele café da gente você não consegue chegar lá e ver – fala Santos.

No caso do café, as mudanças no sistema de armazenagem estão garantindo velocidade em todo processo. A equipe de reportagem do canal rural visitou o complexo Japy, em Guaxupé (MG). A cooperativa tem um dos maiores e mais modernos sistemas de recepção e armazenagem, preparo e comercialização de café do mundo. Cada big bag tem capacidade para 1200 kg e substitui 20 sacas. 

A mudança começou em 2009, com 8 mil toneladas. Na última safra, a cooperativa de Guaxupé recebeu de 150 mil toneladas direto do produtor para armazenagem. 

– Nós resolvemos espalhar o sistema de recebimento para todas as unidades da cooperativa, apenas duas unidades não recebem café a granel ou em bag – informa o superintendente comercial da Cooxupé, Lúcio Araújo Dias.

O sistema a granel vem sendo testado há mais de 20 anos e não causa prejuízos à qualidade do café.

– Usávamos os silos que eram para guardar milho. Fazíamos uma higienização muito boa e usávamos durante muitos anos para verificar o que acontecia com a qualidade do café. Nós percebemos que era muito melhor utilizar o granel em silos fechados do que em sacaria, a preservação da qualidade do café foi infinitamente melhor. Sem contato com o ar é muito bom – explica Dias.
  
A experiência da Cooxupé está muito próxima à realidade de um porto seco. Os avanços no sistema logístico do café servem de exemplo de agilidade, principalmente quando se fala em exportação.

– O caminhão chega com container vazio e nós o enchemos. Aí este caminhão encosta no redex, porque é feito este redex aqui, pra que a gente faça praticamente o chamado “house to house”, da nossa casa para casa do nosso cliente, sem interferência nas operações. É mais rápido, ágil e mais seguro – finaliza.

     

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