O Banco Central informou nesta quinta-feira, dia 25, que o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou que cooperativas de crédito, que prestam serviços diretamente aos associados, possam captar poupança rural. A medida começará a valer a partir de 1º de julho.
Segundo o BC, o objetivo da medida é ampliar fontes de recursos para crédito rural e aumentar a competição nesse segmento. “Por intermédio do aumento da autonomia de captação das cooperativas e do aproveitamento da capilaridade dessas entidades, o que resultará no crescimento dessa modalidade de crédito”.
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No atual ano agrícola, que vai de julho de 2018 a junho deste ano, as cooperativas de crédito deverão conceder R$ 21,8 bilhões em financiamentos rurais. Ao captar recursos de poupança rural, remunerando o investidor pela caderneta, tais instituições terão mais capital para emprestar.
Para prevenir a má gestão do dinheiro, só poderão receber depósitos de poupança as cooperativas com autorização para fornecer crédito rural. O dinheiro deverá ser encaminhado às centrais e às confederações dessas cooperativas, que se encarregarão de verificar o cumprimento das normas de direcionamento, destinando determinadas parcelas dos depósitos a certos tipos de operação.
Nesse tipo de poupança, 60% dos valores captados devem ser destinados ao crédito rural. Inicialmente, as cooperativas terão de destinar apenas 20% para essas operações. O percentual subirá gradualmente até chegar aos 60%.
Atualmente, somente o Bancos do Brasil, o Banco da Amazônia e o Banco do Nordeste, os bancos cooperativos e as instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo que operam crédito rural podem captar recursos da poupança rural. As cooperativas de crédito se somarão a essa lista a partir do segundo semestre.