Aos poucos o Paraná vai confirmando a quebra de safra de soja que já previa antes mesmo de iniciar a colheita. Alguns apontam mais, outros menos, mas boa parte dos produtores relatam ter tido problemas. Duas grandes cooperativas do Paraná, que estão quase concluindo os trabalhos de retirada do grão do campo, têm registrado quebras consideráveis. Uma teve a pior produtividade em 10 anos e a outra um rendimento quase até 19% menor.
Até a última quinta-feira, dia 21, a colheita da soja chegava a 90% nas áreas da Cooperativa Cocamar, no norte e noroeste do Paraná. Os trabalhos só não avançaram mais, por contas das chuvas constantes na região, afirmou o departamento técnico da cooperativa em uma entrevista à Agência Safras.
O problema é que a produtividade obtida por lá está bastante abaixo do esperado, sendo uma das piores dos últimos 10 anos. “Principalmente para quem plantou um pouco mais cedo e pegou seca em dezembro e janeiro, na fase de enchimento de grão”, explica a cooperativa.
O rendimento médio das áreas colhidas pela Cocamar está em torno de 2.190 quilos por hectare (36,5 sacas por hectare), ou seja uma quebra impressionante de 35%, ante as perspectivas iniciais de 3.440 quilos por hectare, ou 57,8 sacas.
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Coopavel também terá quebra
A colheita de soja também está perto do fim nas áreas da Cooperativa Coopavel, nos municípios do oeste e sudoeste do Paraná. Até a última semana 95% das áreas havia sido colhidas, informou a cooperativa, ao reiterar que os trabalhos só não foram finalizados devido o excesso de chuvas.
“Mas já são 20 dias de tempo nublado e de muita chuva, o que atrapalha os trabalhos no campo”,
A produtividade obtida varia entre 30 a 74 sacas por hectare. Sendo que a média, é de 53 sacas por hectare, ou seja quase 19% menor que as 63 sacas de por hectare estimadas inicialmente.
Aprosoja prevê grande quebra
Antes de a colheita da soja começar os problemas climáticos levaram a Aprosoja Paraná acreditar em uma quebra superior a 30% no estado. Com o início dos trabalhos de retirada do grão, a entidade revisou seu levantamento e agora aponta para uma colheita de 14,1 milhões de toneladas, redução de 28% ante as 19,6 milhões previstas no inicio da safra.
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