A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS) espera que o Plano Safra 2020/2021 tenha taxas de juros compatíveis com a atual taxa básica de juros, a Selic. Em nota, a entidade argumenta que a Selic atual é “a menor da história do Brasil”, mas juros cobrados em algumas linhas oferecidas à agropecuária são mais do que o dobro da taxa básica.
“Existe essa expectativa de adequação da taxa de juros para o produtor à Selic, que é uma taxa de referência. O sistema financeiro está cobrando (taxas de) juros maiores, por isso existe esta ansiedade do setor de que o Plano Safra apresente juros menores”, afirmou no comunicado o presidente da FecoAgro-RS, Paulo Pires.
Ele ponderou que, em razão de as cooperativas também estarem garantindo o suprimento de alimentos para o mercado interno e externo durante a pandemia, “é fundamental” que sejam “preservados” e “fomentados” os recursos voltados a elas. Pires destacou também a importância de fortalecer o seguro rural.
“Precisamos ter essa questão em mente para evitar problemas como o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Já faz 60 dias da resolução de auxílio (em função da) estiagem e até agora os recursos não estão nos bancos”, destacou.
A FecoAgro-RS pede, além disso, que o governo mantenha o porcentual de exigibilidade de 30% sobre depósitos à vista – 30% dos depósitos em bancos são destinados ao financiamento do setor, com juros controlados. “Aquele recurso obrigatório para a equalização é fundamental, é o pilar de sustentação do crédito rural. Estamos brigando para que se mantenha 30% de exigibilidade, como vem ocorrendo até hoje”, disse.
O Plano Safra 2020/2021, que será lançado na próxima semana pelo governo federal, vem gerando uma expectativa muito grande no setor agropecuário. Uma das questões pendentes mais esperadas é em relação às taxas de juros que serão divulgadas para os programas que constam nas medidas que serão anunciadas.
Segundo o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS), Paulo Pires, no momento se tem a menor taxa Selic da história do Brasil, mas ainda com juros agropecuários nos mais diversos segmentos que são mais que o dobro desse índice. “Existe essa expectativa de adequação da taxa de juros proposta para o produtor com a taxa Selic. Sabemos que a Selic é uma taxa de referência. O sistema financeiro hoje está cobrando juros maiores, por isso existe esta ansiedade do setor em o Plano Safra apresentar juros menores, o que é uma expectativa do produtor e das cooperativas”, afirma.
Mesmo que não seja pauta neste Plano Safra, o presidente da FecoAgro-RS ressalta também o fortalecimento do seguro rural como ferramenta importante para o setor. “Precisamos ter em mente esta questão para evitar problemas como o que está acontecendo no Rio Grande do Sul neste momento. Já faz 60 dias da resolução de auxílio à estiagem e até agora os recursos não estão nos bancos para resolver os problemas das cooperativas e dos produtores”, afirma.
O dirigente também avalia que será fundamental a manutenção do volume equalizável por parte dos bancos. “Aquele recurso obrigatório para a equalização é fundamental, pois ele é o pilar de sustentação do crédito rural. Estamos brigando para que se mantenha este volume de 30% de exigibilidade como vem ocorrendo até hoje”, diz Pires.