A presença de cooperativas do Paraná em Mato Grosso do Sul aumentou bastante nos últimos cinco anos, segundo o presidente da Aprosoja-MS, Juliano Schmaedecke. Segundo ele, isso trouxe estabilidade ao mercado de grãos do estado. “O produtor ganha se souber usar as ferramentas e negociar o melhor preço. Tem muita gente vendendo insumos, como adubo e defensivos, e comprando soja e milho. É uma guerra pelo produto”, diz.
Schmaedecke foi um dos convidados do 1º Fórum Soja Brasil da safra 2019/2020, que aconteceu nesta sexta-feira, dia 26. O evento teve como tema “Perspectivas a próxima safra, mercado e novas rotas de exportação”.
Ele conta que o produtor sul-mato-grossense enfrentou muitos veranicos na safra 2018/2019 e na segunda safra, mas “a tecnologia usada, graças à Fundação-MS, tem evitado grandes variações de produtivo. Antigamente, colhíamos entre 35 e 40 sacas. Hoje, seguramos pelo menos de 50 a 55 sacas”, conta.
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Este ano, o presidente da Aprosoja-MS diz que torce para o que o clima colabore, mas sabe que gerir uma indústria a céu aberto é complicada. Ele afirma que o sojicultor precisa comprar bem e vender melhor ainda, travando preços quando possível. “Olhar para todos os fatores que estão ao redor da produção. O que o agricultor precisa para uma boa safra não está fora, mas dentro da fazenda. É fazer um bom plantio, uma boa pulverização e uma boa colheita”, defende.