A pesquisadora da Embrapa Cláudia Godoy traz as novidades em relação ao tratamento de doenças causadas por fungos. Da ferrugem, passando pelo mofo e a antracnose, ela aponta que o combate precisa ir além dos fungicidas. A rotação de culturas, o investimento em sementes tratadas e respeitar o vazio sanitário ajudam a reduzir riscos.
O Paraná tem controle sobre a ferrugem. Nos últimos anos, com o ingresso de sementes da Argentina, a mancha alva tem sido motivo de preocupação aos produtores. A doença ataca a folha , reduz a fotossíntese e ocasiona baixa produtividade. As sementes argentinas tem boa aceitação entre os produtores porque são de ciclo precoce.
? A semente da Argentina é preparada para outra realidade, lá a preocupação é outra e aqui tem surgido essas doenças. O produtor aposta muito em químicos, mas os fungos se adaptam. A gente apela também a quem produz sementes para que desenvolvam cultivares mais resistentes ? explica a pesquisadora.
Esse ano chega ao mercado um novo defensivo com os mesmos princípios ativos que combatem a ferrugem. Cláudia conta que o triazol e a estrobilurina fazem o controle.
Há 25 anos no campo, o engenheiro agrônomo Marcos Rodrigues acredita na multiplicação do conhecimento como fonte não só de informação, mas para melhorar a renda do produtor rural.
? Tenho uma frase que digo: o conhecimento é uma estrada sem fim. Isso ajuda a melhorar a renda na propriedade ? conta.
O Paraná deve cultivar 4,5 milhões de hectares com a oleaginosa. A estimativa é de colher pouco mais de 14 milhões de toneladas.