Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Cooperativas do Paraná querem antecipar plantio da soja para evitar perdas devido a geadas

Cultivo antecipado, no entanto, poderia causar disseminação de pragas e doençasNa semana passada, o sistema cooperativo do Paraná pediu ao Ministério da Agricultura a autorização para antecipação do plantio da soja no Estado. Várias cooperativas argumentam que semeando a soja 10 dias mais cedo seria possível também antecipar o plantio do milho de segunda safra. O objetivo, segundo a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), é diminuir o risco de grandes perdas com o frio intenso. Neste inverno, o milho paranaense já sofreu 35% de perda depois de duas geada

A liberação pelo Ministério da Agricultura é necessária porque a lei só autoriza o seguro de lavouras semeadas dentro do período oficial indicado pelo governo federal, mas as alterações severas no clima estão levando os produtores do Paraná a estratégias como semear variedades de soja de ciclo indeterminado fora do zoneamento indicado. A principal característica desta planta é a capacidade de floração escalonada. A vantagem é que a planta pode se recuperar de um estresse hídrico que ocorreu no momento da formação de uma etapa de floração e praticamente manter o potencial de produção.

Segundo a Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola, Tecnologia da Nossa Terra (Coodetec), instituição de pesquisa ligada à Ocepar, hoje, 70% do plantio de soja no Paraná é de variedades com ciclo indeterminado. Para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), antecipar o plantio pode não trazer consequências para a lavoura que foi semeada mais cedo, mas para aquelas que foram plantadas dentro do período padrão.

Segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paraná, o zoneamento para a soja, que normalmente é determinado no primeiro semestre, foi adiado em razão do pedido de antecipação feito pela Ocepar.

O assunto está em discussão e não há prazo para uma resposta, mas, de acordo com o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias, caso a antecipação seja liberada, é necessário que a assistência técnica das entidades envolvidas monitore de perto as pragas e doenças para que a sua disseminação seja evitada.

? Eu chamaria a atenção basicamente para a ferrugem asiática da soja, que teria uma população maior de esporos de forma antecipada no período imediatamente após o vazio sanitário, e essa população de esporos ficaria se multiplicando para infectar regiões semeadas posteriormente. Da mesma forma, uma população faminta de percevejos, com certeza, vai migrar dessas áreas plantadas mais cedo para as áreas semeadas posteriormente ? alertou o especialista.

Sair da versão mobile