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Agronegócio

'Cooperativas precisam de capital de giro', diz Tereza Cristina

Entretanto, a ministra da Agricultura não disse o que a pasta está pensando, no momento, sobre alguma subvenção a essas empresas

Tereza Cristina, ministra da Agricultura
Foto: Carlos Silva/Ministério da Agricultura

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que as cooperativas estão precisando de capital de giro, diante da crise do coronavírus. Entretanto, não disse que a pasta está pensando, no momento, sobre alguma subvenção a essas empresas.

“As cooperativas precisam de capital de giro. O produtor está vendendo soja e vendendo o grão futuro com dólar a R$ 5,40, que para ele é um bom negócio”, disse a ministra, em live promovida pelo banco Credit Suisse. “Essas empresas têm de ter dinheiro e o produtor vai continuar a produzir porque não sabe fazer outra coisa.”

Ela comentou que “não entende” o risco que as instituições privadas veem nisso (em financiar capital de giro ao setor agropecuário). “Criou-se o hábito de o governo sempre fazer a subvenção. Mas temos de quebrar esse paradigma”, defendeu a ministra, dizendo que, embora haja setores mais complicados (quanto ao risco de inadimplência), há outros, por exemplo, como soja e milho, que “não podem ter inadimplência”.

“Tenho conversado isso com o Banco do Brasil sobre inadimplência, mas soja e milho não podem ter inadimplência; eles (os produtores) têm de pagar, converso sempre com o setor”, disse, e continuou: “Têm de pagar para ter crédito novo e confiança do mercado de que esse setor é realmente funcional”.

Tereza Cristina reforçou que a iniciativa privada participe desse financiamento. “Temos de arrumar uma maneira de financiar esses (agricultores) que já estão e são produtivos e o governo cuidar dos pequenos e médios, que são mais complicados.” Ela lembrou, ainda, de uma importante ferramenta, a subvenção ao prêmio do seguro rural.

“Não só eu, como outros ministros que me antecederam, lutaram para ampliar esses recursos”, disse. “Consegui aumentar muito o valor (da subvenção) ao seguro. Porque acho que é isso o que vai dar um pouco mais de independência do dinheiro do Tesouro, que a gente sabe que é escasso.”

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