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Agricultura

Cooperativismo garante dignidade a pequenos agricultores, diz ministro

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, participou da inauguração de uma nova unidade da Cooxupé, em Patrocínio (MG)

A importância do cooperativismo para a organização dos agricultores familiares foi ressaltada nesta quarta-feira (3) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, durante a cerimônia de inauguração das novas instalações do Núcleo Cooxupé, em Patrocínio (MG).

Segundo o ministro, a Cooperativa é um exemplo da agricultura familiar organizada.

“Para se organizar, tem que ser através de cooperativas. São elas que irão dar a dignidade e a respeitabilidade aos pequenos produtores”, disse o ministro, lembrando que o modelo cooperativista já está presente em toda a Europa, no Sul do país e avança para outras regiões.

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) conta com mais de 17 mil cooperados, sendo 97% pequenos produtores que vivem da agricultura familiar.

A cooperativa recebe café produzido em mais de 300 municípios de sua área de ação e responde por 18% da safra nacional de café arábica.

Protocolo de Intenções

Durante o evento, foi assinado o Protocolo de Intenções entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a cooperativa Cooxupé.

O objetivo é formalizar as intenções de cooperação para melhor atender o setor cafeeiro nacional, através de prestação de serviços de armazenagem e execução de políticas públicas para o café, nas unidades armazenadoras da Conab.

O presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, disse que a cooperação com a Coxupé tem o objetivo de aumentar a capacidade de armazenagem. “Para que possamos estar presentes junto aos cooperados, melhorando a logística de distribuição. Enfim, fazer com que essa cooperação seja cada vez mais virtuosa”.

O Brasil é o maior produtor e exportador de café, com 53,4 milhões de sacas, e segundo maior consumidor da bebida no mundo. O estado de Minas Gerais lidera o ranking da produção nacional do grão, com 68% da produção do país.

“O café é o símbolo do sucesso do agro, não apenas por ser uma commodity e pelas grandes empresas, mas pela organização do setor”, ressaltou Marcos Montes.

Exportação de café

O setor cafeeiro exportou US$ 788,74 milhões em junho de 2022 (+73,6%). As vendas externas de café verde foram de US$ 721,50 milhões, valor recorde para meses de junho e que significou uma expansão de 76,7% comparado aos US$ 408,32 milhões exportados em junho de 2021.

As exportações de café solúvel registraram US$ 57,2 milhões no mencionado mês (+46,1%). Os principais mercados para onde o Brasil exportou café verde foram: União Europeia (US$ 376,68 milhões; +82,5%) e Estados Unidos (US$ 168,69 milhões; +171,9%). O valor recorde exportado de café verde ocorreu devido à elevação de 70,3% no preço médio de exportação.

Financiamento para o setor

Nesta safra 2021/2022, os recursos financeiros do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassados aos 34 agentes financeiros que assinaram contrato com o Mapa totalizam R$ 5,49 bilhões, representando 93% do volume programado para esta safra (R$ 5,9 bilhões).

O estado de Minas Gerais foi o que mais demandou, totalizando R$ 3,48 bilhões ou 66,6% do total, seguido de São Paulo com R$766,1 milhões representando 14,6% e Espírito Santo com R$636.9 milhões ou 12,17%.

Os cafeicultores já podem acessar as linhas de financiamentos do fundo em 12 instituições financeiras.São elas: Banco Ribeirão Preto, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais-BDMG, Banco Inter, Bradesco, e as Cooperativas de Crédito: Central Cresol, Credinter, Agrocredi, Credicarpa, Credialp, Credicarmo, Credivar, e Central de Crédito do Espírito Santo.

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