O negócio renderá US$ 90 mil ? cerca de US$ 1,8 mil a tonelada ?, porém, “mais importante que o negócio em si é o reconhecimento pelo Chile da excepcional condição sanitária de Santa Catarina”, único Estado que detém o título de área livre de aftosa sem vacinação, observou o presidente da Coopercentral, Mário Lanznaster.
De acordo com ele, a compra de carne catarinense pelo Chile gera um efeito positivo no mercado mundial de carnes, facilitando o credenciamento do Brasil junto a outros centros de consumo, como o Japão e a União Europeia.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a retomada das compras do Chile neste momento tem outra razão. Pedro de Camargo Neto ressaltou que o preço da carne suína brasileira ficou mais vantajoso em função do aumento do valor do produto naquele país.
A carne suína que será embarcada para o Chile é originária da unidade frigorífica que a Aurora mantém no município de Joaçaba, no oeste catarinense, credenciada pelos chilenos em 2008. O produto será transportado em contêineres por via rodoviária para Santiago.
O diretor comercial Leomar Somensi está otimista com as possibilidades de fechar novos contratos com o Chile. Ele destaca que lá o consumo per capita de carne suína chegou a 20,2 quilos por habitante a cada ano, ultrapassando a carne bovina, que é de 19,9 quilos por habitante. O país andino produz 527 mil toneladas de carne suína.
Além da planta da Coopercentral Aurora em Joaçaba, a unidade de Itapiranga do frigorífico Mabella, controlada pelo Marfrig, também está autorizada a exportar carne suína para o Chile e já teria fechado negócios com o país, mas ainda não confirmou a data de embarque.