? Não havia planejamento para toda essa exportação. Nós entendemos que o incentivo ao produtor, o Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e a disposição de ganhar mercado lá fora fizeram com que isso acontecesse. Tudo isso associado ainda à queda de produtividade na Tailândia ? explica Benvenuti.
O objetivo da cooperativa para 2012 é consolidar o arroz brasileiro no Exterior, onde os maiores compradores são da África e Haiti. A comercialização do grão para outros países começou há três anos. A área cultivada de arroz irrigado da Cooplantio é de 249 mil hectares e a produção ultrapassa dois milhões de toneladas.
O gestor da unidade de alimentos da Cooplantio, Camilo Oliveira, revela que houve significativo crescimento de 2009 até os dias atuais.
? Do total que comercializamos em 2009, 8,3% eram para o mercado externo. Já no segundo ano, em 2010, 15%. Esse ano, 61%. Além do foco que já tínhamos desde o começo, com ações como a implantação de uma indústria em Pelotas, contamos com a ajuda do governo. Além disso, a necessidade de mercado fez com que os nossos números crescessem bastante ? diz Oliveira.
A cooperativa aposta em uma estratégia para que os produtores não percam dinheiro nas fases de alta do dólar, uma vez que a lavoura tem seus custos baseados na moeda norte-americana.
? Não adianta colher um monte de arroz quando o dólar dispara, porque os insumos disparam também e fica então um custo da lavoura muito. Isso gera prejuízo. Então, a Cooplantio está levando a informação a seus associados para que parte da produção seja exportada. Com isso, se compra os insumos necessários e o que exceder desse volume se pode tentar vender para o mercado interno ou até mesmo voltar a exportar, caso o preço seja mais conveniente ? aponta Benvenuti.
Com 40 filiais localizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a Cooplantio conta com cerca de dois mil associados.