? Nós queremos aproveitar a CPI para fazer um grande debate público sobre os problemas de áreas da reforma agrária. É por isso que o MST continua com o mesmo planejamento de luta para o próximo ano ? afirmou o integrante da coordenação nacional do MST João Paulo Rodrigues, depois de participar do lançamento do relatório Direitos Humanos no Brasil.
Em entrevista, ele disse que o movimento quer que a CPMI inicie os trabalhos o “quanto antes” para que o assunto possa ser resolvido e retirado de pauta.
? O quanto antes ela (a CPMI) se resolver, é muito melhor para nós do que ficar essa pauta permanente na imprensa ? ressaltou.
Rodrigues reafirmou que o movimento não tem medo “do que possa ser encontrado pela CPI”.
O líder do MST também criticou a atuação do governo federal em relação à reforma agrária.
? O governo Lula teve assuntos que avançaram com muita contundência, assuntos importantes. Mas teve assuntos que foram um desastre e a reforma agrária é um desses que não avançou em nada.
Segundo Rodrigues, a falta de sucesso no processo de redistribuição de terras ocorre por uma “decisão política e um compromisso do governo com setores do agronegócio e até mesmo com o latifúndio improdutivo”.
Por isso, o movimento pretende se organizar no próximo ano para cobrar promessas que teriam sido feitas pelo governo.
? No último ano do governo Lula, queremos cobrar os compromissos e as promessas feitas para melhorar as condições de vida nos assentamentos ? destacou.